A Tecelagem é
considerada uma das artes mais antigas do mundo. Há indícios
da existência de têxteis na história da humanidade há mais de 24 mil anos,
ainda no período Paleolítico. O surgimento se deu por questão de necessidade,
para proteger o corpo humano do frio e das intempéries naturais.
Cruzando as mais
diversas épocas, é possível ler a história nas tramas do tecido; do Egito
antigo à América, da Inglaterra na revolução industrial ao revolucionário prêt-à-porter na França, dos teares mais rústicos
aos fios nano tecnológicos. A história dos tecidos nos conta muito sobre o
corpo, a moda, os costumes e hábitos, a arte, a cultura e a tecnologia de uma
época.
Mas deixando um pouco
a história de lado, queremos tratar nesse post o significado e as mensagens que os
tecidos emitem.
O tecido pode ser
símbolo de poder, segurança, cobiça, elegância e outras variáveis de maior ou
menor envergadura, incluindo seus opostos. Sem esquecer que ele é um
catalisador de sensações que passa pelos sentidos dos humanos.
Para entender, os
tecidos são compostos de fibras naturais ou sintéticas. As fibras naturais são: algodão, seda,
linho, lã e suas variações. Já as fibras sintéticas são: viscose, raiom,
acetato, poliéster, acrílico e nylon. Se é sintético é quase plástico, imagina
isso no calor? O ideal é usar roupas com fibras naturais ou se isso não for
possível, que a porcentagem na composição seja bem maior que a de sintético
(Vamos começar a ler as etiquetas antes de comprar!)
Por isso, dizemos que
se uma roupa contém fibras naturais, o tecido é mais nobre, isto é, não
esquenta, assenta no corpo perfeitamente, não arranha, nem marca demais, e por
isso também tem preços menos amigos.
Tecidos estruturados
(firmes), lustrosos, justos, vernizados, brilhosos, como couro, lycra, stretch,
metálicos, spandex, jeans, contém muitas fibras sintéticas, portanto são menos
nobres. Por eles evidenciarem demais as formas do corpo, passam uma sensação de
incômodo, de que algo está apertado demais ou limitando os movimentos da
pessoa. Além de terem conotações tão sexys que se não forem produções bem
equilibradas podem virar fácil um look vulgar.
A dica aqui é se for usar algo dessa “paleta de tecidos”, escolha uma peça só e
ponto.
Em sua contramão, os
tecidos mais fluidos, gentilmente estruturados, semi encorpados, com superfície
de pouca textura (mais lisa, macia), com discreto brilho ou opacos, sem muitos
detalhes, como sedas, shantung, pelica, algodão egípcio, cashmere, lãs frias,
crepe de seda, são o que chamamos de tecidos nobres, por sua leveza, seu ajuste
ao corpo, seu conforto.
A pessoa que sempre usa esses tecidos, passa
uma mensagem ao mundo de refinamento, luxo, dinheiro, classe. Mas também pode
passar a mensagem de ser uma pessoa intimidadora.
Vamos lembrar gente do
que estamos falando incessantemente nos posts anteriores, roupas precisam conversar
com ações. De nada adianta um tecido maravilhoso para parecer fina, se você é
uma desastrada nata (eu, rs), ou até se suas atividades diárias não permitem.
Antigamente, na corte, as mulheres de altas classes sociais por terem uma vida
ociosa, podiam usar os melhores tecidos. E as serviçais não. Era
preconceituoso? Por um lado sim, mas como essas pessoas iam se dedicar ao
trabalho pesado trajando um linho?
Tudo bem que o mundo
não é seda pura e nem sempre conseguimos andar no linho, mas podemos
contrabalancear uma produção coordenando peças simples e nobres. Um jeans com
uma camisa de seda é um exemplo disso, ou um investimento num lenço ou numa
pantalona.
O fato é que não
precisamos nos vestir da cabeça aos pés com fibras naturais para conseguirmos
um efeito elegante na imagem. Um toque basta.
Assim como vimos aqui,
a cor é o elemento de maior impacto no visual e o tecido é o elemento que mais comunica
luxo e status. E sabendo disso, agora, temos mais uma ferramenta para sermos
criativas e montar looks mais
inteligentes daqui para frente.
Vestir-se conforme a
sua intenção. Essa sim, é a verdadeira lição.
Bjs,
Sabrina Silvian
Amiga, tenho que aprender a ser mais chic com e como vc!!!!
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