Sempre quando vou
fazer um closet clearing (revitalização de guarda-roupas),
meus clientes arrumam as maiores desculpas do mundo para não abrir mão das
peças que acumulam durante os anos.
Nessa tarefa nada
fácil, de mostrar ao cliente o que não funciona para ele, o que funciona, o que
está na hora de ser doado, o que está precisando de ajuste, e o que precisa ser
comprado, já consegui identificar alguns tipos de clientes. Quais sejam:
* o (a)
colecionador(a), que ama as suas roupas e não abre mão de nada;
*
o(a) desprendido(a), que sempre doa suas roupas e não acumula nada;
*
o(a) previsível, que compra a mesma peça em várias cores;
*
o(a) apegado(a), que guarda tudo por diversos motivos históricos, mas não
usa quase nada;
*
o(a) compulsivo(a), que compra para o dia que... emagrecer, que tiver
aquela festa.
Enfim, podemos nos
reconhecer em qualquer um desses tipos, mas o fato é que realmente abrir mão de
algumas roupas é difícil e para algumas pessoas até traumático. Por isso nós,
Consultores de Imagem, temos que ter o maior jeito do mundo para lidar com essa
etapa da consultoria.
Primeiro passo para
se conseguir um armário funcional é tirar tudo, colocar na cama, separar
calças, saias, malhas e vestidos. Logo após, pegar as roupas, e antes de
recolocá-las no armário, fazer as seguintes perguntas;
*Quando foi a
última vez que usei?
Se foi há mais de um
ano, separe aquela peça, pois se você passou todas as estações e não achou
ocasião para usá-la, é sinal de que ela não se encaixa no seu dia a dia. Se for
uma peça que tenha valor sentimental é permitido guardá-la, mas não vale dar
essa desculpa para todas as outras.
*Em que ocasiões eu
uso essa peça?
Sempre dou a dica que
separe o armário em “Peças para trabalhar” e “Peças para sair”. Colocar as
peças dispostas conforme a ocasião de uso é uma dica ótima. Você sempre vai
achar aquela blusa, pois ela estará naquele “setor”.
*Com o que combina?
Uma roupa funcional é
aquela que você consegue fazer o maior número de coordenações possíveis. Vá
para frente do espelho, interaja com ele e ouse nas criações. Fazer as mesmas
combinações de sempre dá a impressão de falta de criatividade, preguiça de
querer se vestir melhor.
*Essa roupa reflete
meu estilo de vida?
Se meu ritmo de vida
é corrido e exige movimentação o dia todo, preciso manter peças curtas, ou com
tecidos super nobres? A não ser que se destine para outros fins a peça, a
resposta é ...vai para sacola!
*Essa roupa valoriza
meus pontos fortes e disfarça meus pontos fracos?
Você mais que
ninguém, sabe quais são as particularidades do seu corpo. Sabe que se tem os
quadris mais largos deve disfarçar tal área, se tem um colo bonito deve abusar
das peças que valorizem essa área. Não tem muito mistério, é a lei do
equilíbrio.
Assim que finalizar,
retire as roupas que decidiu não usar mais o quanto antes de perto de você.
Ficar com elas ali pode causar recaídas.
Refaça essa limpeza a
cada ano. Isso ajuda a ter noção do que se tem e ajuda a evitar gastos desnecessários.
Não espere um momento
certo, ou mesmo o final do ano, para fazer essa “faxina interior”.
Comece agora e
experimente aquele sentimento gostoso de liberdade.
Liberdade de não ter
de guardar o que não lhe serve.
Liberdade de
experimentar o desapego.
Liberdade de saber
que mudou.
E que só usa as
coisas que verdadeiramente lhe servem e fazem bem.
Bjs,
Sabrina Silvian
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