sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Lidando com resistências



Sempre quando vou fazer um closet clearing (revitalização de guarda-roupas), meus clientes arrumam as maiores desculpas do mundo para não abrir mão das peças que acumulam durante os anos.

Nessa tarefa nada fácil, de mostrar ao cliente o que não funciona para ele, o que funciona, o que está na hora de ser doado, o que está precisando de ajuste, e o que precisa ser comprado, já consegui identificar alguns tipos de clientes. Quais sejam:

* o (a) colecionador(a), que ama as suas roupas e não abre mão de nada;

* o(a) desprendido(a), que sempre doa suas roupas e não acumula nada;

* o(a) previsível, que compra a mesma peça em várias cores;

* o(a) apegado(a), que guarda tudo por diversos motivos históricos, mas não usa quase nada;

* o(a) compulsivo(a), que compra para o dia que... emagrecer, que tiver aquela festa.

Enfim, podemos nos reconhecer em qualquer um desses tipos, mas o fato é que realmente abrir mão de algumas roupas é difícil e para algumas pessoas até traumático. Por isso nós, Consultores de Imagem, temos que ter o maior jeito do mundo para lidar com essa etapa da consultoria.

Primeiro passo para se conseguir um armário funcional é tirar tudo, colocar na cama, separar calças, saias, malhas e vestidos. Logo após, pegar as roupas, e antes de recolocá-las no armário, fazer as seguintes perguntas;

*Quando foi a última vez que usei?

Se foi há mais de um ano, separe aquela peça, pois se você passou todas as estações e não achou ocasião para usá-la, é sinal de que ela não se encaixa no seu dia a dia. Se for uma peça que tenha valor sentimental é permitido guardá-la, mas não vale dar essa desculpa para todas as outras.

*Em que ocasiões eu uso essa peça?

Sempre dou a dica que separe o armário em “Peças para trabalhar” e “Peças para sair”. Colocar as peças dispostas conforme a ocasião de uso é uma dica ótima. Você sempre vai achar aquela blusa, pois ela estará naquele “setor”.

*Com o que combina?

Uma roupa funcional é aquela que você consegue fazer o maior número de coordenações possíveis. Vá para frente do espelho, interaja com ele e ouse nas criações. Fazer as mesmas combinações de sempre dá a impressão de falta de criatividade, preguiça de querer se vestir melhor.

*Essa roupa reflete meu estilo de vida?

Se meu ritmo de vida é corrido e exige movimentação o dia todo, preciso manter peças curtas, ou com tecidos super nobres? A não ser que se destine para outros fins a peça, a resposta é ...vai para sacola!

*Essa roupa valoriza meus pontos fortes e disfarça meus pontos fracos?

Você mais que ninguém, sabe quais são as particularidades do seu corpo. Sabe que se tem os quadris mais largos deve disfarçar tal área, se tem um colo bonito deve abusar das peças que valorizem essa área. Não tem muito mistério, é a lei do equilíbrio.

Assim que finalizar, retire as roupas que decidiu não usar mais o quanto antes de perto de você. Ficar com elas ali pode causar recaídas.
Refaça essa limpeza a cada ano. Isso ajuda a ter noção do que se tem e ajuda a evitar gastos desnecessários.

Não espere um momento certo, ou mesmo o final do ano, para fazer essa “faxina interior”.

Comece agora e experimente aquele sentimento gostoso de liberdade.

Liberdade de não ter de guardar o que não lhe serve.

Liberdade de experimentar o desapego.

Liberdade de saber que mudou.

E que só usa as coisas que verdadeiramente lhe servem e fazem bem.

Bjs,


Sabrina Silvian

Nenhum comentário:

Postar um comentário